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domingo, 24 de janeiro de 2010

Adoleslência e educação

Tenho um filho adolescente, de 16 anos, ou seja, quase adulto, já pode até votar.

Ele está com alguns problemas com a escola, e a maior parte dos adolescentes os tem, portanto ele está na média...

Ele não passou nas avaliações do ano letivo de 2009 e fiquei bastante preocupado com ele, não por conta de não ter passado, mas pela atitude: ele não acha isso errado, "afinal o que se aprende na escola, não serve pra nada", dito nas palavras dele.

Este fato tem diversas implicações, de financeiras à qualidade de vida e portanto achei uma boa oportunidade de mostrar-lhe este novo mundo que vai se descortinar, já-já, pra ele: o admirável mundo dos adultos!

O convidei para que me acompanhasse à escola e participasse, em primeira mão, da resolução do embrolho. Saímos cedo de casa e revisamos nosso plano: baixar o preço das três matérias que ele foi reprovado, assim ele poderia fazer as dependências paralelamente ao segundo ano, como na faculdade e seguir a vida.

O colégio não baixou os preços, por mais que insistíssemos. Nesta etapa tínhamos ainda outra alternativa oferecida pelo próprio colégio: ele entrar para o supletivo. Encurtaria a "tortura" dele de estudar, pois ficaria na metade no tempo e seria mais barato que a mensalidade atual. Fomos informados pelo diretor que ele não possuía algo fundamental para o ingresso no supletivo: ser maior de idade!

Ficar sem estudar ele bem que gostaria, mas isso nem passou pela minha cabeça. Não havia mais opções...

Vencidos então, prosseguimos com o ritual anual de renovação de contrato: comprar as apostilas: R$ 970,00, uniforme: R$ 72,00 e ainda falta o material do dia-dia: cadernos, lápis, etc...Um gasto enorme!

Mesmo não conseguindo êxito na principal meta do plano, o saldo ainda foi positivo: pude mostrar a ele que, por mais que eu tente, nem sempre vou conseguir tirá-lo das confusões em que ele se mete. Ficou claro que além dele perder um ano de estudos, a repercussão financeira foi não ter o videogame novo que ele queria: XBox360, que só seria possível se ele passasse de ano por uma limitação familiar de orçamento...

Tomara que ele mude de atitude e entenda a importância dos estudos, que são o único legado que eu posso deixar...

Até mais,

Um comentário:

  1. Fala meu nobre!

    Concordo em partes com o que o João Paulo disse a respeito da escola. Ela não serve, de fato, para nada, a não ser abrir livro, mandar decorar textos e fórmulas para que sejam provadas a tua capacidade de memória em prova angustiante. Não esduca, no sentido da palavra. Mas, vivemos em uma sociedade em que se faz mister acompanhar este passo. Mas podemos fazer a diferença, se não dependermos da escola para a nossa educação. Temos a proposta da auto educação.
    Relego-te, e também aos leitores deste blog, um pequeno documentário que fala sobre um instituto francês que realmente Educava. Por acaso, Hyppolyte Leon Denizard Rivail estudou lá.
    Apesar de tratar de um líder religioso, o documentário não é de memso cunho. Espero que goste e possa também acrescentar algo ao teu filhote.

    Abraços!

    http://www.youtube.com/view_play_list?p=7D22F8D7B240ED9D&search_query=Allan+KArdec+-+O+EDucador+ramonsilva1

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